sábado, 28 de fevereiro de 2009

Cultura de Surf Açoriana

Confesso que já me apetecia participar no blogue há algum tempo. Gosto do surf como uma experiência global, que não se encerra no acto individual de “correr uma vaga” mas que também engloba a componente colectiva de partilhar a experiência dessa vaga com alguém, de combinar uma surfada, uma viagem, de conversar sobre ondas, estilos, épocas, locais, etc. Gosto de Surf não só pela essência fugaz de correr uma vaga, mas também pela existência de uma cultura de surf. E uma cultura não é algo de estático, que se fundou em algum tempo e se cristalizou, mas antes uma coisa que acontece diariamente, que nós construímos continuamente. Estava-ma a arder a vontade de escrever este apontamento devido a algumas participações mais inflamadas que tenho lido aqui no blogue. Hão-de me desculpar o ar sonante, e talvez pretencioso do título, mas foi a melhor forma que encontrei de sintetizar o assunto.
Revista Surf Portugal, Março / Abril 1994, Artigo "O Mistério da Atlântida"
1.A Divulgação do Surf Penso que estamos todos familiarizados com a discussão deste tema. Qual o surfista que poderá honestamente alegar não ser ele próprio um produto da divulgação do surf? Se é que o surf nasce efectivamente nos arquipélagos Polinésios, como é que se alastrou ao mundo senão pela divulgação da experiência? Quando é que se dá a maior explosão do surf, senão na segunda metade do século XX, com o surgimento das grandes companhias da indústria do surf e com a exposição do surf aos média? Penso que nenhum de nós se pode afirmar verdadeiramente contra a massificação do surf, uma vez que fazemos todos parte dela... Sendo assim, será que temos o direito de não querer divulgar o surf? Que não queremos mais gente a fazer surf, a aprender surf? Quem tem a autoriddade moral para isso? E quem teria a autoridade para decidir quem pode ir para o mar e quem não pode? Quem quer tê-la, sequer? O surf não nasceu nem há de morrer connosco. Há-de continuar a divulgar-se e a regenerar-se, tal como outras actividades humanas.
prancha feita pelo tito, da terceira
2.A Melhoria dos meios para a práctica. Eu tenho presentemente 28 anos e comecei a andar de prencha em 1993. Com certeza que guardo saudades dessa altura especial, mas não posso negar que hoje tenho (temos) condições muito melhores para aprender e fazer surf. Na altura, por exemplo, o que estava a dar eram aquelas pranchas com a flutuação de um palito e o mercado era muito homogéneo, não havia grandes alternativas. Da malta que andava a aprender na altura, os que estavam melhor equipados eram os que tinham shortboards dos anos ’80, mais volumosas e fortes. Hoje, com a expansão do surf no país e na região, temos acesso a material diversificado, desde o mais apropriado à aprendizagem até ao mais “especial de corridas”, passado por todos os híbridos retro / futurísticos. Com a Internet passou a estar toda a informação disponível: meteorologia, cartografia, cinematografia, campeonatos, informação sobre shapes, materiais, recifes artificiais, etc. Hoje há mais de tudo, e cada um tem mais por onde escolher para ir fazendo o seu percurso. Será que a quantidade de shapers que temos hoje nos Açores, por exemplo, não está também relacionada com este aumento da divulgação do surf? Por tudo isto há hoje mais meios para começar a surfar e evoluir no surf nos Açores.
Praia da Conceição, Faial, Inverno de 1995
3. As condições para a práctica do Surf no Arquipélago Como todos os que residem nestas ilhas sabem, se há facto que caracteriza os Açores é este clima variável e irregular que nós temos. Ouvi o Dr. Laborinho Lúcio, ex-ministro da república nos Açores, um dia sintetizar a coisa mais ou menos desta forma: “Os Açores não são o Paraíso... mas parece. Não são certamente o Inferno... mas às vezes parece.” Claro que ele não se referia apenas ao tempo, mas achei apropriado. Penso que a razão principal para os Açores ainda não se terem transformado num destino de surf de massas se prende mais com a especificidade das nossas condições de surf, que propriamente com a divulgação de que temos sido alvo. Senão reparem: o Arquipélago tem uma evidência geográfica notável, estamos isolados no centro da Atlântico Norte, com toda a importância geo-estratégica que isso acarreta, com uma exposição de 360º às ondulações, com marinas de elevada afluência, com uma aposta de invesyimento fortíssimo no sector do turismo, e, no entanto, a afluência de surfistas vai crescendo apenas palautinamente, segundo vejo. Penso que dificilmente se podem estabelecer paralelos imediatos com arquipélagos como as Maldivas ou as Mentawais. Basta ir ver uma previsão do windguru para estas ilhas e comparar com aquelas a que estamos habituados para se perceber a diferença. Isto para já não falar do tipo de fundos... Resumindo, penso que no Surf, como no turismo em geral, estamos condicionados por uma climatologia “não-mainstream”. E ainda bem! Não sou particular fã dos modelos de exploração turística genericamente aplicados aos locais onde se encontram as condições de tempo mais constantes. Penso que temos condições bem variáveis e irregulares, tanto podemos ter um inverno mau e um verão cheio de ondas boas como o contrário, tudo depende do tempo, e já agora, da ilha em que se está também. Em particular no Faiale no Pico, não conheço ninguém que tenha vindo cá por menor ou maior tempo,particularmente por causa das nossas belas ondas. Muito embora, ocasionalmente, elas fiquem mesmo boas... Mas também não vou negar que o Arquipélago tem condições para a prática do surf e que há de continuar a existir, e até a crescer, o turismo de surf nas ilhas. Mas também o que é que queríamos? Apenas os benefícios da massificação do surf? Também não viajamos, nós próprios, de vez em quando? Não faz parte da busca de cada surfista por um percurso rico e divesificado?
4.Os Surfistas. A partilha da experiência e a presença do surf na sociedade. Nem me vou alongar muito na conversa Locais VS Estrangeiros, porque é um assunto que costumo ver tratado de formas que só me fazem lembrar de teorias xenófobas. Como se o surfista e o próprio surf não fossem, por natureza, nómadas. Mas queria aqui deixar uma ideia. Penso que devemos pôr a tónica na educação de cada um. Educação enquanto delicadeza, rectidão, mas também como consciência de que contribuímos todos pelos nossos actos para a educação uns dos outros, e assim se constrói a Cultura do Surf. Mais. As ondas não são de nínguém em particular, nem sequer exclusivas dos corredores de vagas. Já lá estavam antes e vão continuar depois de nós. Tudo o que se nos oferece é usofruir delas, partilhá-las, preservá-las e valorizar a sua existência perante o resto da sociedade. Gosto de surf, de falar sobre surf, de partilhar a experiência, de saber o que se passa nas outras ilhas e noutros lugares. Vejo este blogue e os muitos outros que têm aparecido como suportes para a partilha da experiência e que podem ajudar a criar um debate de ideias e uma auto-consciência da comunidade do surf. Precisamos de praças, de locais de encontro para podermos falar e organizar perante situações que o exijam. Obviamente não estou aqui a defender que os sítios da internet como este sirvam para vir expôr desenfriadamente a existência e localização dos lugares de ondas. A descoberta vai-se fazendo, como sempre, progressivamente, e não se quer retirar a possibilidade desse prazer a cada um. Mas também não concordo que a solução passe por cada um se retirar a um eremitismo e ao secretismo absoluto,e que essa seja a única forma de estar no surf nos Açores e de dar um contributo positivo, caso necessário. O futuro do surf nos Açores há de ter mais ou menos gente, provavelmente mais. Está fora do nosso alcance controlar isso. Mas podemos todos contribuir para a defesa e desenvolvimento dos locais de surf e para uma evolução saudável da cultura do surf nos Açores.

15 comentários:

Anónimo disse...

Pedro,

Este teu texto apesar de bem escrito, parte de pressupostos errados baseados na lógica imposta pelos media do surf, que tendem a justificar a massificação do surf apresentando os seus aparentes beneficios. Estes beneficios revertem unica e exclusivamente em função de quem vive da exploração comercial das ondas e não de quem surfa apenas por puro prazer. É estranho ver como muitos vestem a camisola do negócio do surf usando ou repetindo um discurso que serve apenas para uma coisa: pôr mais pessoas na àgua, não por ser saudavel ou por fazer bem à mente e ao corpo ou pelo prazer de surfar, mas sim como forma de criar um mercado consumidor que permita escoar e vender os produtos de consumo do surf. Entender esta realidade e manipulação por parte dos medias e das marcas é uma importante étapa no processo de entendimento do que o surf se tornou à escala mundial. Ao usares os argumentos que usas apenas estás a servir os interesses quem quer fazer dos Açores um mercado para o negócio do surf. Se me permites numa próxima intervenção irei rebater um por um os pontos que apresentas no teu texto.

Cumprimentos.

O meu nome de nada interessa para este assunto, que se prende em ideias e não em pessoas.

Ps: Apenas uma questão;
Que benefícios reais (e não suposições) tráz para o grupo central a divulgação destas ondas por todo o mundo? O que será que muda para melhor com isto?

Anónimo disse...

Já agora que beneficio tráz a exposição deste blogue no Ondas. O Faial passou de algo desconhecido em termos de surf, para algo no centro das atenções de pessoas que pelos comentários não tem o minimo respeito pelos açorianos. Será que querem ficar conhecidos como os responsáveis pelo aumento desmensurado do crowd no triangulo? Lá diz o ditado: "Quem mostra o ouro aos bandidos está a pedir para ser roubado". Surfem mas não destruam o que em muitos lugares já não existe. Há coisas que apenas se estragam uma vez e depois do mal estar feito, não há volta a trás.

Quico disse...

eh dude, that´s my fish!!!
quico...

Carlos Leal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Leal disse...

Os estremismos não levam a nada...

Já não estamos nos anos 60, a realidade é outra e as PRESSÕES SOBRE O LITORAL SÃO ENORMÍSSIMAS! Informem-se!

A realidade actual é bruta, tal como são as MARCAS... o governo também o é e tem a faca e o queijo na mão, cabe a nós optar, em cada ilha, em cada realidade e segundo cada maneira de pensar, por QUAL O CONTRIBUTO PARA O FUTURO DO SURF que cada um poderá dar...

Infelizmente o futuro das nossas costas e ondas poderá passar por acordos, decisões, assinaturas e consórcios que nem sequer têm nada a ver com o surf, se criticamos que a indústria ganhe, não criticamos 1º quem destrói as ondas e nem sequer tem nada a ver com o surf?

Parabéns pelo artigo e pelo debate que se segue.

Abraço da ilha "quase vizinha", Terceira

Carlos Leal

1 de Março de 2009 14:41

Anónimo disse...

Pedro, este teu texto bem escrito, parte de factos reais baseados na lógica criada pelo mundo do surf, que justifica a massificação do surf apresentando os seus concretos benefícios. Estes benefícios revertem directa e indirectamente, em função de quem vive das ondas (surf por prazer engloba mtas coisas, puras ou artificiais). Todos os surfistas vestem a camisola do surf...seja ela feita numa fábrica Asiática, q explora o trabalho infantil, ou na casa da costureira lá da freguesia! Entender estas realidades usando os verdadadeiros (e não mascarados) argumentos que definem a tua alma, seja ela de surfista ou futebolista de sofá...estás a servir os interesses dos Açoreanos...ou melhor, dos HUMANOS. Se me permites, gostava que não publicasses mais comentários de pessoas que têm medo de dar a alma!

Anónimo disse...

Não queria transformar este e outros blogues em campos de batalha...lol, mas onde quer que nós humanos estivermos à sempre umas briguinhas, assim como uns cachimbos da paz. Quando li o teu texto fiquei sem saber para onde ir. Fiquei com medo pq nestes últimos 52 dias, tenho surfado num sítio com altas ondas, mas, na maioria das vezes, com crowd. Já me dropinaram, intimidaram até ao ponto de eu tentar desistir do drop qnd já é tarde demais, e depois acabei com a prancha danificada e um inchaço na perna. Mas ainda não desisti...confesso que agora tenho medo de levar porrada. Resumindo. Tenho visto cenas de merda na água e fora dela, e espero q nos Açores nunca seja assim...mas verdadeiramente, depois desta viagem, não vou tratar os turistas/surfistas da mesma forma q tenho feito até aqui. Não vou roubar ondas seja de q forma for...mas quem mo fizer vai-se arrepender...e isto JURO PELA ALMA DO MEU PAI (Eu não brinco com a alma do meu PAI)

Anónimo disse...

Pedro...desculpa o excesso de testosterona, é q estou a fazer uma purificação da alma, e pensava que iria surfar mais do que tenho feito (Fevereiro não foi bom aqui...espero q tenha sido aí). Só quero acrescentar mais uma coisa, pq alguém carregou no meu botão da agressividade, e a tampa saltou-me! No surf como em tudo na vida, NÃO EXISTEM SANTOS! Somos todos bons e maus sem excepções! Mais uma vez mto bem senhor Pedro...e desculpa lá seja o q for, mas é que aquela forma de escrever, anónima, pareceu-me mto FAMILIAR...especialmente depois de teres publicado o "Pico"! Abraço e fica bem :)

TRUFAS disse...

A divulgação de um spot não é tão má assim. Coloquem esta hipotese:
Se por acaso algum autarca sem escrupulos resolver contruir uma marina mesmo em cima de um spot, acham que é mais facil salvar um spot conhecido, frequentado por várias pessoas, ou um spot desconhecido, frequentado por 2 ou 3 pessoas?
Pensem nisto.
A divulgação não é tão má assim, e se os locais não forem respeitados, enfim, são sempre os locais, e isso confere-lhes muitos direitos, tal como o Tiago refere. Aos que respeitam, sejam bem vindos ao nosso spot e paguem-nos uma cervejinha no fim da surfada, e ja agora uma estadia na sua onda/cidade/país de origem. O surf é diversão, alegria, desafio, velocidade, prazer, superioridade, medo, realização, descoberta, amizade, rivalidade, magia...
Boas ondas para todos.
João

João Rocha disse...

Excelente texto! baseado em aspectos reais dos dias de hoje no universo do surf.. e nos açores... è bom saber que nem todos nos açores são radicais e que tem consciencia... estou farto de "secretismos" ou de "extravagancias" pois são feitos do mesmo... de egoísmo... Sempre ouvi dizer: "nem tanto ao mar e nem tanto à terra"...

Pelágico disse...

Parabéns aos autores do Blog e obrigado pela boa companhia aquando de minha passagem pelo Faial em que aproveitei para dar umas surfadas.
É isso o melhor do Surf, a companhia de sorrisos e caras felizes na água quando surfamos uma boa onda ou de uma gargalhada quando se dá aquele baldo...
Não adianta discutir muito acerca do que será o futuro do surf nos Açores. O futuro está na mão de cada um...
e vejo e leio muita discussão sobre esse futuro, principalmente das coisas más que poderá trazer, em particular o crowd. Não vejo, ao mesmo tempo, crowd significativo em ilha nenhuma (e apesar de ter visitado todas e surfado em quase todas (falta FLW e CV porque ñ encontrei surfistas para me emprestar uma prancha).
Na Terceira onde estou "aterrado" a surfar desde 96 e onde desde á vários anos existem surfistas locais e onde surfistas americanos surfaram nas décadas de 60 e 70 tem ainda ondas por descobrir. A descoberta depende da ambição de cada um. Quanto á promoção do surf da forma como existe actualmente... é graças a ela que temos material para apanhar ondas no inverno sem ter frio, ou viajar (mesmo que por fotos) para lugares e ondas de sonho.
Quando aos 16 anos comevei a surfar e via os filmes "the Search" com o Tom Curren pensava: quem me dera ser como ele... viajar sem parar para fazer surf e ser pago para isso.

Quem nunca sonhou com situação semelhante?????

Quanto à divulgação de Surf nos Açores.... cuidado, aqui tudo está á venda, e o surf não é excepção. Aconselho a unir esforços para transformar o SURF, que foi sempre visto como uma práctica marginal -conotada a loucos e drogados, em algo legal e com estatuto politico de acordo com a idealogia de surf na VOSSA Ilha. Transformem o SURF que VOCÊS são no presente no VOSSO SURF do FUTURO. E ai haverá sempre lugar para a vossa posta de pescada!!! E serão voçês a se pronunciar e ditar o que querem... campeonatos, meetings, jogos praia, etc.
A coisa por cá está a rebentar, e por mais ridiculo que pareça, quem está a dar os primeiros passos para "vender" é quem menos surf faz...
...algo que dá que pensar.

João e Pedro,
agarrem a BOA ONDA!!!!

JBrito disse...

Não se pode, tipo, só surfar, por surfar?? Carguem nos benificios, nos negócios, nos locais, nos esgostos, nos Anónimos nhós nhós, que escrevem por escrever, nos maus dias, nos impostos, enfim... estão a ver o filme, não estão?
Mas atenção a uma coisa que vos digo, que não são palavras minhas, que nestes blogs, nos comentários, “Não ter já mais nada para dizer e continuar a escrever é um crime. Porque não tem o direito de continuar a escrever se não tem nada a dizer”.
José Saramago

BOM SURF, BOAS ONDAS, BOM AÇORES!!!
http://jorgebrunabrito.blogspot.com/2008/07/no-seguimento-de-umas-ideias-de-hoje.html

Anónimo disse...

pedro arruda = rodrigo heredia amor $$$$$$$$$URF e açores

Anónimo disse...

AHAHAHAHAH
"$$$$$$$$$" ?!?
Este de anónimo tem pouco!

Joao Monjardino disse...

Há uma razão muito simples que dá origem ao anonimato. Os anónimos são pessoas comprometidas. São comprometidas porque, como todos sabemos, já partilharam fotos de muitos locais com amigos ou outros, já fizeram e vão continuar a fazer ondas ondas em vários locais de várias ilhas mas não querem ser reconhecidos como os tais ferozes localistas do teclado que prometem cacetada a tudo e a todos. É que pela sua filosfia só poderiam fazer surf em casa mas babam "pelas ondas dos outros". Nunca vão dar cacetada porque o disfarce cai nesse momento e quem ameaça anonimamente não tem coragem para se mostrar. Nem todas as ondas dos Açores estão ameaçadas, isso é verdade. Mas várias ondas vão cair em desgraça até 2016 e em várias ilhas. Acreditem todos no seguinte: quando o betão chegar às vossas/nossas ondas muito anónimo vai passar a ter nome porque quando as ondas acabam de vez só resta mesmo o nome de que teve a sorte de as sentir. Para os mauzões de pacotilha ficam aqui os nomes das ondas terceirenses que por acaso ainda não morreram mas estão em coma prolongado... todas secretas, claro: Santa Catarina, Direitas da Praia, Esquerda do Chinês, Baixa, Vietnam e Terreiro de São Mateus... só na terceira são 6 (SEIS!!!). Quando a desgraça chegar aí, mesmo que não tenham feito um corno por estas ondas em que tambem já andaram, gritem bem alto que até se ajuda mas sejam homenzinhos e digam primeiro o nome!